escrever passa cautelosa e, ao mesmo tempo, sucintamente, de um simples hobbie, uma diversão, a um instinto de sobrevivência. Obrigada aos visitantes. Deixo-lhes aqui minhas singelas horas vagas levadas por uma brisa de inspiração.

sábado, 30 de outubro de 2010

22/02/2007


O amor que me encontre.
O amor que me encontre através de uma troca de olhares.
Através de um simples sorriso.
Através de uma palavra.

O amor que me encontre.
O amor que me encontre através das paredes da minh’alma.
Por detrás da porta da solidão.
E escondida entre a tristeza e a saudade.

O amor que me encontre.
Pois me perdi por um vazio profundo tentando encontrá-lo.

O amor que me encontre.
Porque ainda estou perdida por ele vagando sozinha.
Por seu sorriso, por seu olhar, por sua voz, por seu jeito de ser.

O amor que me encontre.
Pois eu já o encontrei em você.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pois bem: sigamos pintando!

Tive um lapso de consciência e de repente descobri que posso simplesmente resumir tudo a cores.
Começo em meus tons alternativos como, por exemplo, quando quero ser invisível, então utilizo preto; ou quando quero ser séria, marrom ou bege; e o vermelho que me parece um tanto sobrecarregado de um estilo sexy.
Também descobri que minha imaginação é capaz de colorir músicas, como a clássica de um azul cintilante e furta-cor, o rock de azul-marinho ou vermelho quase vinho, e MPB de um azul claro.
E o amarelo? Ah, o amarelo! É o verão, é o sorriso, a felicidade, o calor que eu gosto tanto de sentir, como se só assim eu pudesse ter certeza de que não estou sozinha neste mundo.
O branco - o nada - é a calma, o pensamento vazio, as horas mais vagas e tranqüilas que tão raramente possuo.
Descobri também que minha vida é bifásica. Parte dela é rosa choque e azul; outra parte é laranja e verde limão. Talvez seja por isso que ela se divida de uma forma tão evidente. Não há como juntar todas essas cores, os tons não exatamente combinam entre si.
E roxo... Bem, o roxo sou eu, ele está onde eu estou, carrego-o sempre comigo.
Chega a ser interessante como essas cores me perseguem. Umas um tanto como reflexo de uma carência contínua, enquanto as outras são os tons da liberdade e da responsabilidade; ainda não aprendi a lidar com todas essas cores. Ora é uma que me vem à mente, ora é outra. Mas minha vida é um mix de todas. Dias coloridos, dias monocromáticos, e não posso esquecer: dias coloridos por cores de outras pessoas.
Temos à mão todas as opções possíveis e assim podemos pintar tantos quadros... É interessante pintar, não é? Misturar riscos e rabiscos quaisquer, informes, irregulares, até que enfim surge uma figura qualquer, delineada: bonita ou feia, mas única.
Engraçada a vida... E, quais são os pincéis? Bem, cheguei à conclusão de que os pincéis somos nós mesmos, com nossos riscos tortos, acertos e erros, e pintamos nosso próprio quadro: nossa história. Às vezes erramos e cometemos um borrão, ou pior: começamos uma pintura que não era exatamente o que buscávamos. Mas quando se trata de tintas eu aprendi uma importante lição: se errarmos, é só esperar secar e recomeçar a pintura. Pode até ser difícil de cobrir as cores de baixo, mas uma hora dá tudo certo, e quando dá certo olhamos satisfeitos e pensamos: “Que magnífica obra! Picasso deve ter aprendido comigo em outra vida.”
Seguimos então pintando, admirando nossas próprias obras e cobrindo nossos borrões, que sempre acontecem e continuarão a acontecer, mas ninguém precisa saber, nem dá pra notar quando tudo estiver pronto; são apenas pequenos aprendizados que temos para nós mesmo durante a pintura desse quadro, nada mais.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Obs.:

Estás aqui novamente,
Unido ao meu pensamento
Tentando trazer de dentro,
Esperançoso, um alento
Antigo e que já morreu.
Mas não deseperes tanto:
O meu coração é teu.

Rogo!

"Assim como um beijo é um mero beijo se sem amor ele se dá,
não peço mais que a profundidade de um simples olhar,
não mais que uma pequena palavra, mas dita de coração;
não carece de ser uma obra: um assovio já é canção."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Costumam dizer...

que o tempo é um fator crucial na vida de um indivíduo.
Para mim, na verdade, ele não passa de um elemento que pode ou não ser considerado.
O que vale não é o tempo que vivemos através de um relógio, seja ele o digital ou analógico ou qualquer outro. O tempo que deve, de fato, ser levado em conta é aquele que subjuga o nosso ser através da mente; que nos torna mais novos ou velhos independente de nosso aspecto físico; que nos torna mais experientes e responsáveis através de fatos vividos, ou simplesmente nos deixa ser despreocupados e alegres como crianças para o resto de nossos dias.
Esse é o tempo que me indica os fatos que devem ser levados em conta ou não; as pessoas mais importantes ou as mais insignificantes. Ele, o tempo de minha mente, me deixa apagar acontecimentos e sentimentos de remorso ou tristeza e colocar em seus lugares as lembranças mais aprazíveis e cheias de sorrisos e confissões.
Se brigamos com as pessoas que amamos nesses poucos primeiros últimos anos de nossa vida, elementar. O mais importante é que vivemo-nos, e o fizemos junto de quem realmente importa. Superando atritos, inércia na hora de discussões, más figuras de linguagem, crises, projetos mal-sucedidos, entre outras tantas coisas. Escrevemos os dias e uma história de amizade.
Esse tempo a que todos se apegam pode passar para eles; o que contará para mim, sempre, é o tempo existente em meu coração, que me permite viver e me manter unida aos meus verdadeiros amigos enquanto a amizade prevalecer sobre o espaço e qualquer outro obstáculo que possa surgir.

Nunca vou me esquecer de quem fez meus dias demorarem a passar quando estavam bons, ou passarem rápidos quando estavam ruins.
De quem não me negou um sorriso por mais triste que estivesse para que eu pudesse começar a chorar em sua companhia.
Aquele alguém que está em mim como uma foto em um álbum permanente, e que, independente do tempo que passe, mesmo após envelhecer, ainda estará lá, deixando reviver a bela lembrança de dias que se fizeram únicos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Num instante de embriguez,

me surgiram perante os olhos, como um lapso de lucidez, e nesse instante vi-os como nunca houvera visto antes em todos esses anos de uma espécie de devoção longínqua.
Lá estavam seus olhos. Nunca parei diante deles e tão próxima para perceber que são de uma cor tão inebriante. Uma mirada deles é como uma paralisia. Me desespero quando alguém me encara. Tento fingir que não, provavelmente por medo, mas quando vejo seu olhar sinto um ímpeto incomum, uma vontade de desviar meus olhos dos seus e me refugiar neles ao mesmo instante...
Ah, esses seus olhos que notei recentemente, que atormentam minha alma com pensamentos estranhos. Mas algo me impede e não devo sonhar distante... o que seria, na verdade, o contrário: perto de você.
Afaste esses seus magníficos olhos brilhantes como um reflexo de mim!"

domingo, 3 de janeiro de 2010

Queria aprender a escrever... que as linhas se desfizessem em desenhos e de lá saíssem vozes gritando: 'entenda-me! decifra-me!'.
Assim, quem sabe, conseguiria escrever meus sonhos...