escrever passa cautelosa e, ao mesmo tempo, sucintamente, de um simples hobbie, uma diversão, a um instinto de sobrevivência. Obrigada aos visitantes. Deixo-lhes aqui minhas singelas horas vagas levadas por uma brisa de inspiração.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

áspas

"Às vezes me ponho a pensar; me aperta o peito e vem aquela vontade louca de chorar. Será tudo isso amor ou despeito? Um desejo ou uma simples obcessão?
Paro; penso; vejo; ouço; sinto.
Parece tudo nublado...
Acho que já dei de cara com o amor, e ele quis fugir de mim...
[...]nada voltará ao que era; o perfeito que existiu desmanchou-se pelo mundo.
Hoje tudo é gélido, cálido.
O que via tornou-se cego; o que falava tornou-se mudo; o que ouvia tornou-se surdo. O que era já não é, e isso é fato.
Então, que acorde para a vida quem sonha; que desiluda-se quem se iludia; que viva quem não vivia.
Ame sem desejar a recíproca; pois se ela vier será ganho e se não vier, não será prejuízo, mas neutra; e não afetará em nada.
Sonhe, contanto que seja baixo e constante, pois será mais fácil se satisfazer.
Não creia em ser feliz; viva os momentos felizes. A felicidade esvae-se em pouco. Se a quisermos por muito tempo, mal a teremos por pouco. Se a quisermos por pouco, talvez a tenhamos mais.
Enfim, curta a vida; esqueça o passado; deixe de lado o futuro; viva o presente; deseje pouco, pois assim terá muito."

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E assim,

ao olhar para o céu, ela viu a estrela.
Era de um brilho diferente, difuso... talvez uma mescla de sentimentos que se entrelaçavam e se distinguiam entre bons e maus, entre paupáveis e impaupáveis...
E ela sonhou que voou, e que foi parar ao lado da estrela. O seu toque foi único; o brilho se intensificara. Coisas estranhas, por muitos inimagináveis, e aquele brilho único!... tudo passou diante de seus olhos como uma história; mas uma história recheada de realidade e ficção, de drama e comédia, de terror e saudade.
E então tudo foi se desfazendo e ficando tão longe, já mal dava pra ver!
E de uma incrível blasfêmia da vida, ela foi obrigada a descer.